Ouvi, atentamente, o debate entre José Sócrates e Paulo Portas e diria que foi o debate entre a seriedade e a demagogia. Senão vejamos:
Portas criticou o estado da Segurança Social;
Sócrates, lembrou que nestes 4 anos:
- o Governo aumentou o salário mínimo em 10%, o que constituiu o maior aumento de sempre;
- instituiu o Complemento Solidário para os idosos com pensões mais baixas, os quais, já em número de 230 mil, têm também acesso aos medicamentos genéricos gratuitamente;
- instituiu o apoio à natalidade;
- concretizou o maior investimento de sempre na construção de lares e centros de dia, no apoios aos cidadãos com deficiência e na construção de creches.
Mais: Sócrates recordou a Portas que, em 2005, quando chegou ao governo, a Segurança Social do nosso país havia sido considerada em risco, em relatório da Comissão Europeia.
Portas criticou o estado da Educação;
Sócrates, lembrou que nestes 4 anos:
-o horário das Escolas foi alargado, e os alunos do 1º Ciclo passaram a ter Aulas de Complemento Curricular de Estudo Acompanhado, Inglês, Educação Física e Música;
- foram realizadas inúmeros melhoramentos nas Escolas;
- foram criadas 120 mil vagas em Ensino Profissional;
- foi instituído o programa Novas Oportunidades, cujos cursos foram já frequentados por 900 mil cidadãos;
- o ensino obrigatório foi alargado para 12 anos;
- os professores foram colocados por 4 anos.
Mais: Sócrates lembrou a confusão que foi a colocação de professores feita pelo governo PSD/CDS e o atraso no início do ano lectivo que dela resultou.
Sócrates não teve minimamente tempo para falar de tudo o que foi feito.
E a distribuição de computadores a tantas crianças e jovens… não virá a constituir no futuro um salto gigante na qualificação dos portugueses?
E o investimento significativo no apetrechamento das Bibliotecas das Escolas, de que sou testemunha?
E a determinação da necessidade de avaliar o trabalho dos professores, profissionais que laboram com a matéria-prima mais sensível da nação, que são as nossas crianças e os nossos jovens?
A vontade de resolver os problemas estruturais do país em geral, e da educação em especial, levou, certamente, a saltar algumas etapas no que, por exemplo, ao relacionamento com a classe dos professores diz respeito. Mas esse aspecto não pode servir de álibi para tentar passar uma esponja sobre o imenso trabalho realizado, o qual tem efeitos já no presente, que serão potenciados no futuro.
O debate entre Sócrates e Portas foi, repito, o debate entre a seriedade e a demagogia. A 27 de Setembro, Portugal precisa que vença a seriedade. Portugal precisa de prosseguir as reformas iniciadas, a bem de um país mais moderno, mais competitivo e mais solidário.
Maria José Mestre
Candidata pelo Partido Socialista à Assembleia da República
Professora. Mestre em Avaliação de Professores
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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