No próximo dia 8 de Setembro 2009, começam as aulas do 1.º Curso de Medicina da Universidade do Algarve. É um dia histórico, para o Algarve e para o país, uma vez que foi necessário esperar pelo século XXI para o país ter uma Escola Médica a Sul do Tejo numa das regiões mais periféricas do Continente. Para os que não saibam foi necessário esperar pelo Século XIX, para que Portugal rompesse com o ensino conservador e tradicionalista do ensino da Medicina, centralizado na Universidade de Coimbra, envelhecido e fora do tempo, desde a saída nos séculos XVI, XVII e XVIII dos médicos portugueses judeus e árabes, e criasse as Escolas Médico Cirúrgicas do Porto e Lisboa em 1836. Foi necessário esperar até à Revolução de Abril para se criarem mais 2 Escolas Médicas no Porto e em Lisboa, e pelo final do Século XX, para que no período de governação socialista de António Guterres fossem criadas mais 2 Escolas Médicas em Braga e na Cova da Beira, rompendo timidamente com o eixo Lisboa – Coimbra - Porto. O curso que agora se inicia, tem assim um duplo significado, em primeiro lugar o Governo de Portugal qualifica o Sul do país pondo fim a séculos de isolamento, em segundo lugar estão criadas as condições para que o Algarve rompa com a sua situação periférica no que respeita ao ensino universitário da Medicina e se torne autónomo na formação médica.
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