terça-feira, 6 de outubro de 2009

O José cá de Faro - Apolinário


Há 4 anos teve de ultrapassar a dificuldade de ser um olhanense candidato a Faro. Os olhanenses não se importaram porque têm políticos com fartura. Os farenses deram alguns sinais de sensibilidade mas depois passou-lhes. Agora é moda, usa-se. Faro é importador líquido de políticos. Não faz mal, e até faz sentido. Faro é importador liquido de pessoas de todas as tribos e de todos os lados, porque não também de políticos. Faro é capital de distrito, todo e qualquer algarvio tem relações de varia ordem com o concelho.

A obra feita não é muita. Os recursos rarearam. Os méritos da governação farense dos últimos 4 anos andam mais lá prós lados da gestão financeira da coisa. Propriamente, pagar divida. O que não dá show-off, logo não dá popularidade. Sem popularidade não há votinhos.

Lá abriram, este verão, um pouco os cordões à bolsa, para nos presentear com festarolas da melhor qualidade.

Entretanto já andamos a correr na pista mesmo fixe, que tem balneários com água quentinha e tudo, só não tem sabão, há mais de um ano. Lá chegou o prometidíssimo skate park, e mais uns kms de conquista da ciclovia ( não é o traço azul, é aquela vermelha com uns 2 metros de largura e devidamente sinalizada). O museu de arte contemporânea já dá ares de ser credível, com projectos já aprovados e concurso de obra a ser lançado.

E aquelas coisas todas que vocês já sabem que andaram por aí nos outdoors “fazemos…”. Coisas que se percebem e que se vêm, tipo creches, e outras que nem por isso, tipo Estudo de viabilidade do metro de superfície. O que fizeram para o metro foi um estudo que concluiu que essa ideia não é lá grande coisa. O sacana do estudo foi caro e era imprescindível para avançar naquilo que é a definição da estratégia de transportes, a ver se resolvemos esse problema. Mas lá está, a mania que este José tem de gastar dinheiro com coisas que são prioridades para o concelho mas não dão show-off.


Acreditando que a população farense é assim pró esclarecido e que vêm muito para além das políticas de show-off, este José vai-se safar bem.



VG

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